sábado, 22 de outubro de 2011

A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça

Cap americano Charles Chandler e a lápide
em sua homenagem
Foto: Observatório de Inteligência


Tribunal Revolucionário condena capitão

Capitão do Exército dos Estados Unidos Charles Rodney Chandler 12/10/1968

A Verdade Sufocada

A História que a esquerda não quer que o Brasil conheça

Carlos Alberto Brilhante Ustra

Matéria editada pelo site www.averdadesufocada.com


A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) desejava realizar uma ação que tivesse repercussão no exterior, ao mesmo tempo que a projetasse no âmbito das organizações terroristas nacionais.


A proposta foi discutida entre Marco Antônio Braz de Carvalho, o “Marquito”, da ALN, ligação de Marighella com a VPR, e Onofre Pinto, dessa segunda organização.

Foi estudada a possibilidade de assassinar o capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, aluno bolsista da Universidade de São Paulo. Ele cumprira missão no Vietnam e viera para o Brasil com a esposa Joan Xotaletz Chandler e quatro filhos menores. Fazia um curso na Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado, em São Paulo. Para justificar o “justiçamento”, alegaram que Chandler lutara contra a causa do Vietnam e era representante do imperialismo americano.

Novo “Tribunal Revolucionário” e novos “honoráveis juízes” foram convocados:
Onofre Pinto, João Quartin de Moraes e Ladislas Dowbor, todos da VPR, condenaram-no à morte.

Em seguida, passaram à ação. Era necessário “levantar” a residência do militar americano e seus hábitos, o que foi feito por Dulce de Souza Maia, a “Judite”, também da VPR.
Concluído o levantamento, os dados foram entregues ao grupo de execução, formado por: Pedro Lobo de Oliveira - VPR; Diógenes José de Carvalho Oliveira - VPR; e Marco Antonio Braz de Carvalho - ALN.
Dulce de Souza Maia fez o levantamento como uma profissional do terror.

Escolheram, para maior repercussão, o dia 8 de outubro, aniversário de um ano da morte de Che Guevara. Como Chandler não saiu de casa nesse dia


Quando o governo brasileiro pedirá
pedirá desculpas a Todd Chandler e ao
neto do capitão Chandler?

O “justiçamento” foi adiado.

No entanto, não desistiram e no dia 12 de outubro de 1968, às 8h15, executaram a sentença.


De uma casa ajardinada na Rua Petrópolis, no Sumaré, Chandler saiu para mais um dia de estudos. Era um homem alto, forte, cabelos curtos, 30 anos. Já se despedira dos filhos: Jeffrey (4 anos), Todd (3 anos) e Luanne (3 meses). Retardou-se um pouco se despedindo de Joan, sua mulher. O filho mais velho, Darryl, de nove anos, como fazia todos os dias, correu para abrir o portão da garagem. Joan deu-lhe adeus.


O grupo de execução o espreitava com uma metralhadora INA e dois revólveres calibre 38. O carro usado era um Volks roubado, que impediu a passagem do carro do capitão.


Diógenes José Carvalho Oliveira descarregou à queima roupa os seis tiros do seu revólver. Em seguida, Marco Antônio Braz de Carvalho desferiu-lhe uma rajada de metralhadora.


No interior do carro, crivado de balas, estava morto Charles Rodney Chandler.

Nenhum comentário: