sexta-feira, 28 de março de 2008

Flagrante de Desrespeito a LEI

Mesmo com as determinações do TRE, proibindo qualquer tipo de propaganda antes do prazo eleitoral, parece que tem candidato que não está nem ai para o TRE e a população.
Esse Out-door pode ser visto a mais de seis meses na Av. Um, sentido Praia, pouco antes do cruzamento com a Rua 34, em São Bento da Lagoa - Itaipuaçu - Maricá - RJ.

Para fazer sua denuncia, entre AQUI



Os Ratos já começam a abandonar o navio

Retirado do ODIA-ONLINE
Escândalos na Alerj: Temporada de articulações


Deputados acusados de fraudes no auxílio-educação tentam salvar seus mandatos, enquanto o presidente da Alerj age para que o plenário confirme as punições pedidas pelo Conselho de Ética

Mahomed Saigg e Ricardo Villa Verde

O prefeito de Maricá, Ricardo José Queiroz, foi até Brasília para ajudar Tucalo na Alerj. Foto: Mathias Rezende/Prefeitura de MaricáRio - Deputados acusados de envolvimento nas fraudes do auxílio-educação na Assembléia Legislativa (Alerj) intensificaram ontem articulações para evitar punições pelo plenário da Casa, que serão votadas terça-feira. No dia seguinte à decisão do Conselho de Ética de propor cassação de quatro parlamentares e a suspensão do mandato de outro, o clima foi tenso na Alerj. Dos quatro com risco de serem cassados, apenas Jane Cozzolino (PTC) não foi à Casa. Renata do Posto (PTB), Tucalo (PSC) e João Peixoto (PSDC) passaram a tarde no plenário buscando votos para evitar punições. Edino Fonseca (PR), cujo mandato poderá ser suspenso por 90 dias, também procurou se articular com os colegas. A decisão pelo plenário acontecerá em cinco sessões consecutivas. As votações serão secretas.

Você acha que o caso das fraudes do auxílio-educação na Alerj vai acabar em pizza?

Além das conversas de pé de ouvido, os acusados estão usando todas as armas possíveis para fugir da punição. Vale tudo, desde o envio de cartas pessoais a cada integrante da Alerj até pressão sobre as bancadas partidárias. Antes do relatório do Conselho de Ética, até o prefeito de Maricá, Ricardo Queiroz da Silva (PMDB), pai do chefe de gabinete de Tucalo, se engajou nas articulações. “Procurei todo mundo que podia, inclusive em Brasília. Perdi a conta de quantos gabinetes visitei. Liguei duas vezes para o deputado Paulo Melo (presidente do conselho), mas não esperava a recomendação pela cassação. Ficou claro que a divulgação das escutas telefônicas (feita por O DIA) dificultou tudo”, disse o prefeito de Maricá, de quem Tucalo foi vice até ser eleito deputado estadual nas eleições de 2006.

O argumento de defesa dos acusados tem sido o mesmo: eles não sabiam do esquema de fraudes. Como prevalece a tendência de punição, nos bastidores da Alerj há articulações para que algumas cassações sejam transformadas em suspensões de mandatos, através de emendas à proposta do conselho a ser votada pelo plenário terça-feira.

O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), porém, também vem se articulando, mas para garantir as punições. Picciani passou a tarde de ontem em seu gabinete conversando com vários deputados. O principal argumento dele é de que a Alerj passa por momento delicado e não pode ser condescendente com as fraudes. Picciani teme que a imagem do Legislativo saia desgastada. Ele vem alertando especialmente aos parlamentares que disputarão prefeituras este ano, de que poderão ser prejudicados se os acusados forem absolvidos.

A primeira a ser julgada pelo plenário da Alerj terça-feira será Jane Cozzolino, às 11h. A decisão sobre Renata do Posto será às 12h30. Tucalo será julgado às 16h30; João Peixoto, às 18h30, e Edino Fonseca, às 21h. Cada um deles terá meia hora para se defender na tribuna da Casa. Para as punições serem aprovadas, são necessários 36 votos, não importando o número de deputados presentes no plenário.

EM MARICÁ, TUCALO SOFRE DEBANDADA DE ALIADOS

A decisão do Conselho de Ética da Alerj de pedir a cassação de quatro deputados caiu como uma bomba nas bases eleitorais desses parlamentares. O relatório, apresentado quarta-feira na Casa, provocou debandada dos principais aliados políticos do deputado Tucalo Dias (PSC), principalmente.

A pressão ficou tão grande, que nem mesmo o prefeito de Maricá, Ricardo José Queiroz da Silva (PMDB), pai do chefe de gabinete de Tucalo, suportou. Ele anunciou que não vai mais apoiar o parlamentar nas eleições municipais que acontecem em outubro.

Em nota oficial encaminhada esta semana a todos os vereadores do município, o prefeito Ricardo José Queiroz da Silva comunicou a sua decisão de “se afastar definitivamente do cenário político, retirando sua decisão em apoiar um candidato à sucessão da Prefeitura de Maricá”.

“São oito anos de governo. A gente aposta numa candidatura que acredita que vai dar continuidade ao nosso trabalho e, de repente, vê tudo se desmoronar por erros que já foram apontados pelo Conselho de Ética. Isso me dá muito desânimo”, desabafou o prefeito.

A onda de desilusão também chegou à Câmara de Vereadores de Maricá. Líder do governo na Casa, o vereador Jorge Castor (PMDB) afirmou que seguirá a decisão do partido. No entanto, deixou claro sua opinião. “Diante de tudo isso que está acontecendo e que já foi descoberto, não dá mais para seguir no mesmo caminho que ele (Tucalo). Politicamente falando, o deputado mostrou que é muito imaturo. Infantil, até, eu diria”, disparou o vereador.

“Convencer um vereador e um deputado é muito fácil. Difícil é provar para o povão que se é inocente diante de um quadro como esse”, argumentou o vereador Pedro Gomes (PMDB), que também desistiu de apoiar Tucalo.

Procurado por O DIA, Tucalo informou que mantém a pré-candidatura à Prefeitura de Maricá e que confia em sua absolvição. Segundo ele, está provado que não teve nenhum envolvimento com irregularidades.