sexta-feira, 26 de agosto de 2011

"Otarioedade" Brasileira

O neologismo é esse mesmo “Otarioedade” – a característica de quem é otário.
Não há outra explicação.
Um médica inventa um factoide e diz que vai colocar seringas com sangue contaminado na cerca de sua casa e todos acreditam.
Alguns escrevem para a mídia e até o Conselho de Medicina acredita.
Uma Presidente que era a Chefe da Casa Civil no governo anterior, é eleita sucessora. Supostamente, assim foi apresentada à Nação, era um administradora capaz de entender do assunto melhor que Fayol e Taylor.
Quando se constata a farsa e a verdade, mude-se o perfil. Agora a imagem é de faxineiro da corrupção que grassa no país - na verdade, faxineira da própria sujeira que ajudou a implantar.
E todo mundo acredita que vai mudar!
O Congresso paga salários superiores ao que determina a Constituição. A Justiça de Brasília lhe dá razão.
A roubalheira impera com o acobertamento/participação do Legislativo. E de modo recorrente, a todo momento, volta o tema da Reforma Política. Enrola-se o povo otário e nada muda.
O Governo eleito consegue o inimaginável de criar 36 Ministérios com “trocentos” mil “aspones” em cargos de comissão sugando os parcos orçamentos do país. Tudo para manter empregados os amigos não eleitos e os comparsas dos estelionatos.
Enquanto isso, tributa-se o Contribuinte com quase 40 % do PIB – lembrando a apropriação, verdadeira “Mais Valia”, da receita do contribuinte ao escandalosamente, se atualiza as tabelas do Imposto de Renda em valores ridículos face à inflação acumulada.
Enquanto isso, os aposentados têm de pedir esmola para sobreviver.
Um movimento continuado, orquestrado para denegrir os militares, faz um escândalo por causa de um surto de influenza em um quartel da Marinha e até Defensores Públicos, regiamente pagos e sequiosos de publicidade e sem o que fazer, para mostrar um serviço, determinam uma modificação de conduta na Marinha, estabelecendo quando se vacinar novos recrutas e que se deve avisar às famílias quando estes adoecerem (como se eles fossem menores de idade e a Marinha do Brasil, com duzentos anos de existência, precisasse desses jograis para lhe dizer como funcionar).
Somos ou não somos um país de otários.
A lista é infindável.


Paulo J. Pinto
Rio de Janeiro